sábado, 21 de abril de 2012

FILOSOFIA DE BUTIQUIM - UMBIGO DO UNIVERSO



“Tem coisa que só acontece comigo!”

É o tipo de frase que eu jamais ouvi da boca de um ganhador da Mega Sena, embora eu não seja o felizardo amigo (lato sensu) de nenhum felizardo ganhador. Mas tenho o esquisito hábito de imaginar, que, segundo Einstein, é mais importante que conhecer. E não consigo imaginar um ganhador de loteria proferindo a frase acima. Nem aquele sujeito que acabou de escapar por um triz de um acidente monumental. Nem a moça em cujo colo caiu o buquê, naquela festa de casamento (presumindo, naturalmente, que isso ainda seja encarado como um bom presságio nos dias de hoje).

É frase de quem deu com a cara na porta fechada do banco por causa de cinco minutos de atraso, ou de quem foi pego de surpresa sem guarda-chuva na rua, ou levou banho de tubaína em festa de criança, ou levou uma multa por estacionar só por dois minutinhos na vaga de idosos. Ou seja, a epígrafe perfeita para pequenos ou grandes desastres diários pessoais.

E, por menor que seja, o simples fato de sentir-se vítima de ALGO ou de alguma conspiração cósmica já confere ao fato um peso muito maior do que ele deveria ter, ou que as consequências que represente.

É a boa e velha autocomiseração (ou síndrome de coitadinho), que nos impele, na maioria das vezes, a buscar com muito mais afinco um CULPADO para os nossos problemas, que uma SOLUÇÃO, propriamente dita. Fazemos um muxoxo, resmungamos qualquer coisa e seguimos adiante, esperando a próxima “coisa” que “só acontece comigo”.

Não importa quantos mais estejam caminhando ao nosso lado, sob a mesma chuva, igual a um ou com o pinto molhado; o Universo aponta sempre todas as baterias de armas para o nosso próprio umbigo, colocando-nos na condição de vítimas de sabe-se lá que forças e planos.

Pra quê, né?!

O papo tá bom, mas eu vou ali, aproveitar que hoje é sábado (pra todos) e feriado (pra muitos) e dar um jeito na vida, que só pra morte é que ainda não inventaram um. E se, no caminho, passar por alguma lotérica aberta, fazer uma fezinha.

Vai que, né?!

Depois eu conto... ou não...

PAZ!!!
...com Deus!!!

Ricardo Lemos é pai, filho, escritor, músico amador, sonhador, empresário, contribuinte, eleitor e, por fim, cidadão; um filho de Deus, como você. 

quinta-feira, 12 de abril de 2012

COM PAIXÃO - FILOSOFIA DE BUTIQUIM - JORNAL AQUI - 06/ABR/2012


COM PAIXÃO

“Os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca dos saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs-lhe esta questão: - “Mestre, qual o mandamento maior da lei?” - Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” – Jesus Cristo (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)”

O Cristo do meu livro foi claro ao estabelecer o Amor como regra fundamental, hierarquicamente superior a todas as demais, sejam elas de origem divina ou humana, travestidas de divinas, por quaisquer que sejam os motivos.

O Cristo do meu livro nasceu e viveu entre um povo dominado, massacrado, vilipendiado e, ainda assim, crivado de cristalizações e preconceitos. E privou do convívio de coletores de impostos, prostitutas e samaritanos: “gente de má vida”, como costumavam chamá-los os judeus de então. Conceito com o qual Ele, o Cristo, não parecia concordar.

Ao estabelecer 3 níveis de AMOR (a Deus, ao próximo e a si mesmo), em sua Didática perfeita, baseada no EXEMPLO acima de quaisquer palavras, oferece à Humanidade um caminho possível, praticamente uma gradação necessária que, quando trilhada de maneira inteligente, racional e emocionalmente, necessariamente levará a bons resultados.

1-    AMAR A SI MESMO pode significar cuidar da própria vida, por exemplo, se levarmos em consideração o “não julgueis para não serdes julgado”. Mas, acima de tudo, para os que detêm uma religião, viver de acordo com os seus preceitos. E, como não é possível ofertar a outrem do que não se possui, sem o amor a si mesmo fica muito difícil avançar para a próxima etapa do caminho:

2-    AMAR O PRÓXIMO é a ponte que nos conduz a Deus. Não vemos Deus, senão em sua Obra. E ainda é crível e aceitável ser o Homem, com todas as suas complexidades e vicissitudes, o ápice da Criação Divina. Para o Cristo parecia não haver “distante”; todos eram PRÓXIMOS.

Os dois trechos acima são perfeitamente plausíveis e aceitáveis para qualquer ser humano ligeiramente esclarecido. Uma proposta lógica e coerente, que prega, acima de todas as coisas, a convivência pacífica de todos os PRÓXIMOS (Ele não se referiu aos IGUAIS: “Se somente amardes os que vos amam, que mérito se vos reconhecerá, uma vez que as pessoas de má vida também amam os que os amam?” – S. LUCAS 6:32). Somente a sociopatia (ou interesses espúrios) poderia explicar o desejo de qualquer indivíduo de viver em eterno conflito e beligerância, como forma de perseguição da Felicidade. E, melhor ainda, podem ser vivenciados em sua plenitude até pelos que não creem no amor a Deus como resultado dessa equação.

O Cristo do meu livro passou muito mais tempo vivenciando o que considerava correto do que combatendo o que achava errado.

Por que não imitá-lo?!

FELIZ PÁSCOA!!!
PAZ!!!
...com Deus!!!

Ricardo Lemos é pai, filho, escritor, músico amador, empresário; um filho de Deus, como você. 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

FILOSOFIA DE BUTIQUIM - BOB?!


BOB?!


Que o mundo precisa de ídolos e super heróis, todo mundo já sabe.

De Che Guevaras estampados em camisetas caríssimas de grife a Adolf Hitler (sim, é claro que também ele possui os seus seguidores e adoradores, por que   não?!), passando por toda espécie de deidades, neste ou naquele escalão, estamos sempre desfilando as ideias de alguém, quer tenhamos consciência disso ou não.
Gata voce rebolando
Vai me deixar maluco
Desse jeito me seduz
Eu to querendo o vuco vuco
Vuco vuco vuco vuco vuco vuco vuco
Vuco vuco vuco vuco vuco vuco vuco
Vuco vuco vuco vuco vuco vuco vuco
Uuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiii”
Wagner Domingues da Costa

Você se assustou com o trecho da canção ao lado? Não me admira... E olha que eu escolhi uma das mais, como dizer?!, comedidas, uma vez que o veículo e o público a que se destina não comportariam algumas das frases mais célebres deste novo expoente da música brasileira: Mr Catra.

O cantor e compositor, até dias atrás marginalizado e relegado aos carros de som que passam berrando nas portas de nossas vidas aos milhares de decibéis, atualmente anda desfilando seus cordões de ouro e seu estilo de vida pouquíssimo ortodoxo nos corredores da Vênus Platinada (Rede Globo), presença frequente diante das câmeras de programas de auditório e outros.

O que pode significar que em breve ele estará emplacando uma abertura de novela, um Faustão e, quem sabe até, um Jô...

Melhor você se preparar, porque, com certeza, é o que seu filho estará ouvindo, muito em breve. Faça como eu: informe-se, pesquise no Google. O máximo que pode acontecer é você se deparar com uma pérola como a que acabo de citar acima. Ou melhores. Ou piores.

Se eu sou contra ou a favor?! Nem uma coisa nem outra. Muito pelo contrário. Enxergo a Lei e o Direito como mínimo ético para se viver em uma sociedade cada dia mais complexa e dinâmica. Se não fere nenhum dos dois, é lícito e a análise já passa a ser quanto ao GOSTO, que respeito incondicionalmente. Um tal de Voltaire, iluminista francês de grande destaque na formação do pensamento ocidental contemporâneo, certa vez disse: “Posso não concordar com uma só palavra do que dizes; mas lutarei até a morte pelo direito que tens de dizê-las.”. E muita gente não concorda com ele até hoje. Eu, sim.

O vuco vuco já começou. Catra está na área e é um mimo ver crianças de 4 anos cantando que “vai rolar um adultério”. Você pode até não concordar com a ideia. Eu também não concordo.

Mas duvido que meus avós concordassem com o iêiêiê dos Beatles ou as madeixas de Bob Marley, há trinta e poucos anos atrás...