sábado, 29 de março de 2014

O PETRÓLEO É NOSSO - Crédito ou Débito - FILOSOFIA DE BUTIQUIM - 29mar2013


O PETRÓLEO É NOSSO
(Crédito ou débito?)

Todo brasileiro é meio técnico da seleção. Principalmente quando perde jogo. 

Agora deu pra todo mundo achar que é meio presidente da Petrobrás, também. 

Como se fosse tudo dono. 

Bicho entrão, o tal do brasileiro, né?!

-x-x-


Eu, daqui da minha insignificância, morro de achar GRAÇA, enquanto a gasolina de TRÊS REAIS E DEZESSEIS CENTAVOS POR LITRO vai entrando no tanque do meu carrinho sem IPVA reduzido.


Lembra quando dava pra encher o tanque com menos de CEM pilas?


-x-x-


Com o episódio PASSADINA (escreve-se Pasadena), o “guverno" realiza mais um feito histórico:


DUAS METADES IGUAIS DEIXA DE SER UMA REDUNDÂNCIA


-x-x-


Eu, que também sou meio dono da Petrobrás, sugiro que se modifique o nome da refinaria de PASSADINA para PEGADINA.


Não achou Graça? A Dilma achou...


-x-x-


Eu, que nem assisti “O Último Tango em Paris”, acho o Mantega um vaselina danado.


E que vamos precisar muito dele, pra engolir maisessa história, pelo orifício que for...


-x-x-


MUDANDO DE ASSUNTO


Tem gente que nasce com uma vocação e é fiel à mesma durante toda a vida.


O Fulano, por exemplo, da família dos “de Tal”, foi um desses casos, de indivíduos que viveram a sua vocação até o momento derradeiro; na sua lápide suntuosa, letras enormes de bronze muito bem trabalhadas:


Fulano de Tal
T I...

Uns chutavam Técnico de Informática, embora ele fosse uma negação em computadores; outros, Tecnologia da Informação – pior ainda. E inúmeros foram os palpites para o significado das duas letrinhas (as reticências todo mundo sabe o quesignificam –sempre). 


Ninguém teve coragem de falar o “Totalmente Inútil” que assomou a várias mentes, principalmente a quem conhecia de perto o “de cujus”.


Coragem que faltou, também, para perguntar à viúva, que teria respondido, com um longo suspiro consternado:


- Tão inteligente...

sábado, 22 de março de 2014

O ICEBERG - FILOSOFIA DE BUTIQUIM - 22 DE MARÇO DE 2014


O ICEBERG


A primeira coisa que se notou foi uma placa. É sempre assim. Luzidia e bem na entrada da cidade. E muitas outras, em diversos pontos do município, fomos descobrindo com o tempo. E até hoje se encontram delas por aí, um pouco carcomidas pela maresia; mas firmes, provando que é possível, sim, erigir obras públicas com qualidade e durabilidade; claro que placa é obra pública, quem disse que não?! Dependendo do caso, tem até licitação!...
Isso se deu num tempo em que não tinha Google, muito mal enciclopédia na Biblioteca da escola, trancada a sete chaves atrás de madeira sólida e vidro grosso; zelo da senhora diretora, muito bem intencionada, prima, sogra ou cunhada de um sogro, cunhado ou primo do excelentíssimo senhor prefeito, essa gente tem sempre umas famílias tão extensas, pena caixão ter só seis alças. Pedra no meio do caminho tinha. Sempre tem...

Deu um bafafá danado. É sempre assim... E depois de uma semana corrigindo até o vigário, que não era “ISSEBÉRGUI”, que a pronúncia correta era “AISSSIBÉRG”, o excelentíssimo alcaide mandou pintar em letras garrafais, logo abaixo de ICEBERG, entre parênteses “Pronuncia-se AISSSIBÉRG”, tudo com licitação, tribunal de contas, ficou uma beleza.

Agora a cidade já podia se orgulhar:
  • Por ter aprendido uma palavra estrangeira.
  • Por ter um prefeito de visão, ação, austeridade e empreendimento.
  • Porque, dentro em muito breve, seria a primeira cidade DO BRASIL a ter o seu próprio iceberg.

Durante os meses seguintes, não se falou de outra coisa: os benefícios do iceberg para o turismo, os benefícios do iceberg para a saúde pública, os benefícios do iceberg para a balança comercial, para os cabelos escovados, a pele, tantoscentos empregos diretos, mais arrecadação, meio ambiente, ambiente inteiro; iceberg na barbearia, na câmara, nas Escolas, na mídia, na matriz, na filial.

E todo cidadão que se prezasse (tem a turma que torce contra... sempre tem...) tinha na ponta da língua o mantra da revolução do iceberg e seu impacto positivo na vida do cidadão de todas raças, credos e classes sociais; estufava o peito e corava de orgulho a face ao entoá-lo aos quatro ventos e até a quem perguntasse; e muitos números, não há como discutir com eles...

Passou o tempo, mas a história não esfriou.

Expectativa na população. Festa! Alegria! Alvíssaras!!!

A obra foi entregue no prazo, à risca (quem disse que iceberg não é obra pública?! É claro que é! Tem licitação e tudo!), como manda a responsabilidade fiscal: quinze dias após a reeleição do prefeito. Eu mencionei que era ano de eleição?! Devo ter esquecido... Sempre é...

Festa nas ruas! Multidão no porto, sentada nas confortabilíssimas arquibancadas montadas especificamente para a ocasião, mais uma obra pública, com licitações e tudo! Alegria! Veio um assessor do vice-governador, mais um secretário ou dois. O prefeito tirou retrato com todo mundo, sorriu, abraçou, beijou criancinhas, depois passou a mão no microfone e deitou uma falação de umas duas horas, debaixo de um sol de 38 graus. Tocou a banda da cidade, o Hino Nacional e mais uns dois e chegou o grande momento:

FOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!!!

Apitou o navio, avisando que estava adentrando a baía. E foi apontando a cara. Nem era tão grande assim, prum iceberg. Atrás dele, uma corda imensa, grossa, vinha boiando, arrastada, formando um imenso laço; muito bem amarrado... mas vazio.

E o povo se acabando de aplaudir.

Meses depois é que foram explicar: tava lá no contrato, em letrinhas bem miúdas, que o iceberg poderia derreter ao contato com as altas temperaturas do hemisfério sul; que o prefeito assinou; mas foi justamente no dia em que ele deixou os óculos no bolso do outro paletó...


Então tá...


A RAPOSA E O POLITICAMENTE CORRETO - FILOSOFIA DE BUTIQUIM - 15 DE MARÇO DE 2014


A RAPOSA E O POLITICAMENTE CORRETO
(Adaptado do livro Arroubos Literários - Crônicas Cotidianas)

Só muito tempo depois, diante do Excelentíssimo Senhor Juiz,  o Sr. Raposa (era macho, diga-se de passagem, é importante frisar, e não cometeremos aqui o deslize de chamá-lo raposo, o que talvez soasse mais fácil ao entendimento, mas nem tudo que é de fácil entendimento é verdadeiro, e vice-versa) continuava sem entender o que estava fazendo ali.

PROMOTOR – O senhor está ciente das acusações que lhe estão sendo feitas?

RAPOSA – Confesso aos senhores que não faço a menor idéia do que está acontecendo nesta sala, nem dos fatos de que venho sendo vitima nos últimos meses. É como se a minha vida se tivesse transformado, súbita e abruptamente, num romance de Kafka.

PROMOTOR – Pois saiba que pesam sobre o senhor acusações do inafiançável delito de discriminação por cor, o que fere os princípios fundamentais da nossa magnífica Carta Magna. O que o senhor tem a alegar em sua defesa? Culpado ou inocente?

RAPOSA – Senhor promotor, com todo respeito, devo dizer-lhe que, se nem ao menos tinha consciência de estar sendo acusado de delito de qualquer natureza, é óbvio que alegarei inocência diante de tão execrável delito. E se me é permitido saber, gostaria mesmo de perguntar de onde é que surgiu tão famigerada história envolvendo o meu nome.

PROMOTOR – dirige ao Juiz um olhar interrogativo.

JUIZ – assente com a cabeça e um leve encolhimento dos ombros. Alguma coisa estava errada naquilo, ele não sabia em quem colocar a culpa, mas com certeza não era dele.

PROMOTOR – Desculpe minha estupefação, mas ocorre que o caso do qual o senhor é réu é de conhecimento público, havendo conquistado espaço na mídia e, pode-se até dizer, se me permite usar o coloquial, Excelência, na boca do povo…

RAPOSA – continua com ar de quem não está entendendo patavina (se me permite o coloquial).

PROMOTOR (irritando-se) – Ora, senhor Raposa, não nos teste a paciência, que o assunto é sério e todos temos mais o que fazer! Por acaso não foi o senhor que proferiu a seguinte frase – e consulta no volumoso processo, passando as páginas com alguma violência perfeitamente simulada – aqui está: “As uvas estão verdes”?!

RAPOSA – Sim, eu me lembro de haver dito a frase.

PROMOTOR – Enfim estamos chegando a algum lugar. Que conste nos autos, portanto, que o réu confessa haver proferido a frase de que é acusado, como justificativa para não comer as uvas.

RAPOSA – Um momento, senhor Promotor. Eu disse que proferi a frase, mas jamais disse que não comi as uvas.

Um longo “oohhhhhh” percorreu a sala de audiências, seguido de intenso burburinho, obrigando o Senhor Juiz a pedir ordem no recinto.

RAPOSA – Parece-me que está havendo uma grave distorção dos fatos, invertendo-se, dessa forma, toda a interpretação da história. Eu admito haver dito que as uvas estavam verdes, mas em momento algum tal afirmação serviu de pretexto ou motivo para que eu não as comesse. Pelo contrário, Senhor Promotor, Excelência: eu cheguei à conclusão de que as uvas estavam verdes após haver degustado várias delas.

PROMOTOR – O que me parece, Excelência, é que o réu é que pretende distorcer os fatos, a fim de conduzir a erro este Juízo.

JUIZ – Prossiga o réu em seu depoimento.

RAPOSA – Obrigado, Excelência! Como eu dizia, após perceber que as uvas sabiam mal, e frise-se que fiz questão de provar várias vezes, para eliminar completamente a mais remota possibilidade de um julgamento apressado e parcial, após sentir a acidez e o amargor em minha língua, muito mais para vinagre que para vinho, foi que senti-me no direito de emitir o parecer que tão mal interpretado me parece haver sido.

PROMOTOR – Mas o senhor confessou haver dito que as uvas estavam VERDES.

RAPOSA – Sim, e sustento.

PROMOTOR – Portanto, Excelência, o depoimento do réu em nada afeta a tipificação do delito ou a sua responsabilidade e rogo-lhe que prossigamos com o julgamento, que a pauta anda cheia e a imprensa aí está. O réu disse que as uvas estavam verdes. Verde é cor. Comendo-as ou não, emitiu opinião baseando-se na cor das mesmas. Está caracterizada a discriminação por cor e a justiça precisa ser aplicada de forma exemplar.

RAPOSA – Senhor Promotor, eu gostaria de esclarecer que em nenhum momento eu me referia à cor das uvas. Se alguém interpretou minhas palavras dessa maneira, o fez por motivos próprios, aos quais sou e desejo permanecer totalmente alheio. Encontrassem-se as referidas uvas em situação oposta, e eu jamais diria tal coisa, independente da cor que apresentassem.

PROMOTOR (muito irritado) – E o senhor poderia ter a bondade de nos explicar qual é o oposto de VERDES, senhor Raposa?!


RAPOSA – Maduras, Excelência...

sábado, 8 de março de 2014

DIA INTERNACIONAL DA MULHER - FILOSOFIA DE BUTIQUIM - 08mar2014


FILOSOFIA DE BUTIQUIM – 08 DE MARÇO DE 2014

 

- Ufa! Que alívio! Não via a hora!...
- O que houve?!?!
- Achei meu relógio...

-x-x-


Eu acho
Esse negócio de pano de chão
Um SACO!!!

-x-x-


BELEZA AMEAÇADA

Alegando apologia à violência, Juíza da comarca de Pancas, no interior do ES proíbe concurso de Miss.


MISS PANCAS?!


Nunca mais!!!

-x-x-


Pediatra é flagrado automedicando os próprios filhos...
É por isso que a saúde está assim...
Atchim!!!...

-x-x-


- Você viu o bafão que a sua amiga CarnaValescaaprontou, depois da segunda"vodiquinha"?!

- Menina!!!...  bege! Beginha...

- E ela, como está?!

- Tá cáqui. CAQUINHA...


-x-x-

 

FLORES PLANTADAS PROMETEM

AS DO MATO

ACONTECEM

 

-x-x-

 

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

 

A TODAS as mulheres, minha admiração e meu respeito!
Que haja não só um, mas TODOS os dias do ano homenageiem a sua garra, a sua ternura e o seu espírito inquebrantável de luta e esperança!

 

PAZ!!!
...com Deus!!!

 

À Sílfide, Ana Raquel Cypriano Ferreira, namorada e parceira. Pela MULHER que é e pelo homem que me tem feito ser.


 

segunda-feira, 3 de março de 2014

AS CORES DO CARNAVAL - FILOSOFIA DE BUTIQUIM - INÉDITA

FILOSOFIA DE BUTIQUIM - 01 de março de 2014

 

 

No meu tempo
Os velhos diziam
"No meu tempo"



-x-x-

"A voz do povo é a voz de Deus"
Mas isso é de hoje.
Antigamente era de "alguém mais";
Senão, como explica?!:
Crucificar Jesus e libertar Barrabás?!



Tá vendo só como é que é?!
Pra levar vantagem na Filosofia
Melhor começar com Sócrates
Que com Gerson ou Pelé.



-x-x-



- Você viu o bafão que a sua amiga CarnaValesca aprontou, depois da segunda"vodiquinha"?!
- Menina!!!... Tô bege! Beginha...
- E ela, como está?!
- Tá cáqui. CAQUINHA...

-x-x-

Sei lá se Belchior tem neto,
E talvez já nem cante mais,
Mas nós
Pronome pessoal do caso reto
"ainda somos os mesmos"
E mentimos
"Como nossos pais"

-x-

A TODOS um Carnaval repleto de PAZ e ALEGRIA!!!
...com Deus!!!