“João amava
Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.”
Pedro amava Teresa, detestava Paulo César, foi pra frente das
câmeras e derrubou Fernando, que não amava ninguém.
Jefferson amava ópera, detestava Waldemiro, que amava Dirceu,
que não amava ninguém.
Demóstenes amava Cachoeira, que amava Lula, Dilma, Serra...
em suma, ninguém.
Drummond que me perdoe a referência nefasta, mas dançar
QUADRILHA neste país não tem sido muito engraçado, nos últimos 500 e poucos
anos.
É ANARRIÊ que não acaba mais, enquanto o ANAVAN aparece
bonito nas estatísticas dos jornais (da mídia cooptada, é bem verdade) e nada
de chegar na mesa ou na empresa.
“A ponte caiu!” – É verdade!!! “O PAC reconstruiu!” – É
mentira!
“Olha a cobra!” – É verdade. E mais uma, e outra. “Olha a
cobrança!” – É verdade!
Nesse caminho da roça em que vimos andando em círculos, com
um sorriso nos lábios e chapéu na mão, quem paga a prenda, o pato e as contas
somos nós. “Ajeita o laço, Mané; segura a saia, Rosinha!”, que ainda temos que
sair bonitos na foto e a dança não vai nem pela metade, ainda.
“Olha o Cachoeira!” – É
verdade!!! Será?! Muita água ainda vai correr nessa história e não tenha
dúvidas de que afogados, mesmo, só eu e você, querido leitor.
A novela está apenas
começando. E novela, como sabemos, é tudo igual. Alguns autores até mudam os
nomes dos personagens, mas termina sempre do mesmo jeito. E logo depois começa
outra...
Mas é sábado... e junho
ainda vai longe.
Por via das dúvidas, vou
pedir uma pizza, prato genuinamente brasileiro, e ficar grudado na TV,
esperando as cenas dos próximos capítulos.
E continuar torcendo pelo
dia em que apareça lá em cima um João que ame Maria, Antônio, Pedro, Alfredo,
Lígia, Ana, Sílvia, Maycon, Djenifer, Severino... em suma, o BRASIL.
PAZ!!!
...com Deus!!!
Ricardo Lemos é pai, filho,
escritor, músico amador, sonhador, empresário, contribuinte, eleitor e, por
fim, cidadão; um filho de Deus, como você.
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