terça-feira, 19 de abril de 2011

JORNAL AQUI NOTÍCIAS - COLUNA - 17 DE ABRIL DE 2011


FILOSOFIA DE “butiquim” – RICARDO LEMOS

É LÁ…

Já pensou, se você de repente descobre que tudo aquilo em que você pensa toma forma e vida em algum lugar?! E que um dia você estará nesse lugar, cara a cara com todos os pensamentos que alimentou durante a vida?
Melhor não, né?!

x-x-x-x

Pesquisa recente revelou que o leitor habitual de jornais, entenda-se como habitual a pessoa que COMPRE jornal pelo menos quatro vezes por semana, não estaria disposto a substituir a atual publicação estadual que vem comprando por uma regional, ainda que nos mesmos moldes e portando conteúdo similar. Em outras palavras: igual, só que daqui.

Entrevistadores estiveram por trinta dias observando bancas de jornais e saídas de padarias em oito municípios da Região Sul, bem representados os setores litorâneo, montanhas do Caparaó, montanhas de Pedra Azul e regiões urbanas (como é lindo nosso estado), abordando quem quer que vissem com um tablóide debaixo do braço.

Curiosamente, a resposta ouvida da maioria dos entrevistados foi que não substituiria um jornal estadual por um local. Foram ouvidas pessoas acima de 18 anos de ambos os sexos (ou todos). Os que tinham mais disponibilidade paravam e batiam até um papo com os entrevistadores, longos, na maioria dos casos. Faça uma idéia de quanta história esse povo não tem pra contar.

Transcrevemos abaixo um trecho de uma dessas entrevistas longa:

- Bom dia, meu senhor! Com licença! – e se apresenta, com todos os salamaleques do ofício. 

– Então, o senhor trocaria este jornal que o senhor está levando, por este (e mostra o seu), se eles fossem iguais?!

- Olha, moço, o senhor não me leve a mal, eu admiro o seu trabalho, logo cedo assim, de manhã, hoje em dia os jovens não querem mais saber de acordar cedo (e começa a falar da internet, taxa de esgoto, preço da gasolina), mas eu to bem acostumado com esse aqui. Tantos anos, todo santo dia. Eu acho difícil mudar.

- Mas o senhor não gostaria de ter, por exemplo, uma equipe dentro da Câmara do seu Município, lhe trazendo as notícias que hoje o senhor lê da Assembleia Legislativa? Saber em que o seu vereador está trabalhando, coisas assim?!

- Moço, lá a gente só conhece de ouvir falar. Tem uns que a gente ouve tanto o nome que vira até parente da gente. Mas é tudo gente que eu não conheço. Aqui não. Aqui a gente conhece todo mundo, é amigo, então eu acho que não pega bem…

- E o senhor, que me disse que lê com bastante freqüência as páginas policiais e que não se assusta mais com nada, mas que quando a gente pensa que já viu de tudo, aparece sempre uma coisa nova, não gostaria de tomar conhecimento das atrocidades que se andam cometendo na sua vizinhança?! – neste momento o entrevistador era treinado para assumir um tom ameaçador; alguns eram bons nisso. Olho no olho…

- Aqui?!

- Sim, senhor! O senhor não gostaria de ficar sabendo quantos estupros, assassinatos, agressões, seqüestros, roubos e furtos acontecem no quintal da sua casa?!

- Discunjurincredo, moço!!! Num fala um negócio desse, não. Deus me livre. Aqui num tem disso, não!!! Isso é lá…

Isso tudo é uma ficção, naturalmente.

Ricardo Lemos é pai, filho, geminiano, escritor, um filho de Deus, como você. Atualmente publicando nos blogs Arroubos Literários, Olho Mágico 365 e TAMTA – incubadora de idéias. 

sexta-feira, 15 de abril de 2011

OLHARES

Apenas cruzaram olhares.
Pouquíssimas palavras, aquém do protocolar.
Não foi uma vez só.
Mas também não foram muitas.
Quando será que seriam muitas?
Mas foi bom…
Eu disse “Apenas”?!

terça-feira, 12 de abril de 2011

JORNAL AQUI NOTÍCIAS - COLUNA - 10 DE ABRIL DE 2011


FILOSOFIA DE “butiquim” – RICARDO LEMOS

SOMOS TODOS REALENGO

Não era pra ser nada disso…

Na verdade, eu queria falar de amor, de vida, de paixão, de pequenas coisas que acontecem no cotidiano e nos passam despercebidas, carregando tanta poesia, mostrando o quanto a Natureza nos aponta, em cada minúsculo detalhe, para a existência de uma Inteligência por trás disso tudo, que eu chamo de Deus e respeito profundamente todos os nomes que se queiram dar a Ele, desde que a essência seja a mesma.

Mas uma tragédia se abateu sobre a nossa Nação e seria até desrespeitoso não falar sobre ela; fingir simplesmente que não há espinhos neste belíssimo canteiro que é o nosso planeta.

Perguntará um entediado leitor: “O que mais se pode falar a respeito disso?!” Há que se dizer, companheiro, que Columbine não é aqui, mas que precisamos agir para que não acabe sendo. É absurda a tragédia de crianças sendo mortas por um maníaco, que Deus os tenha. 

Mas é hora de enxugar as lágrimas e arregaçar as mangas.

Muito há que se fazer, naturalmente, pelo Governo em todas as esferas. E, neste caso, vale muito a pena procurar o seu deputado ou senador pela rede social que ele freqüente, adicioná-lo e cobrar uma postura. Idem para o executivo.

E eu?! Faço o quê?!

Epidemia de dengue não se previne em casa?! Pois apliquemos o mesmo conceito em nossos lares (é diferente de casa) para dizimar a praga da violência de nossas ruas. Para tanto, basta que apliquemos AMOR em tudo o que fizermos. Não é uma rima, nem uma solução, mas é uma forma de gritar para a barbárie que somos maioria e que ocuparemos pacificamente o nosso espaço e que viemos pra ficar.

É hora de romper o “silêncio dos bons” de Luther King. “Não saiba a vossa mão direita”?! Não nos vangloriemos; mas DISSEMINAR é multiplicar. Aí pode… comentários e sugestões serão muito bem vindos e podem ser a base da conversa da semana que vem.

Faltava dizer: “Alô, alô, Realengo, aquele abraço!!!”

Faltava falar de AMOR…

O “butiquim” não fecha no luto. Pelo contrário…

Ricardo Lemos é pai, filho, geminiano, escritor, blogueiro e um monte de outras coisas. Enfim, um cidadão comum…

publicada no jornal AQUI NOTÍCIAS em 10 de abril de 2011
www.aquies.com.br

sexta-feira, 1 de abril de 2011

ALEA JACTA EST



Você tem um sonho?!

Várias vezes ouvi dizer que um homem, para poder-se dizer realizado, precisa cumprir 3 tarefas:

- plantar uma árvore

- ter um filho (no sentido figurado, naturalmente)

- escrever um livro

Árvores já andei plantando algumas por aí. Certo está que não daria nenhuma floresta, mas alguma sombra perene sobre a superfície do planeta eu tenho a consciência de já haver produzido. A minha não entra na conta, porque vive se movendo pra todas as partes.

Filhos já os tenho. Não apenas filhos, mas os melhores com que a Providência poderia me presentear. Lindos, saudáveis, inteligentes, educados e, mais importante: pequeninos homens de bem, regados com carinho, amor e dedicação, para que se tornem grandes homens de bem.

Sou suspeito pra falar, é certo.  Mais ainda é aquela que eles têm por mãe, mãe por excelência, que não mede esforços e para quem não existe a palavra sacrifício quando o assunto é a felicidade dos filhos.

Três meninos de muita sorte: Ricardo, Gabriel e André. Mais: Emanuell e Mariana. Essa gente toda e muito mais, que Deus achou por bem colocar sob os auspícios de um anjo chamado Beth.

E o livro?!

O livro está girando na minha cabeça há muitos anos. Eu diria “desde que me entendo por gente”, mas para alguns isso poderia parecer bem pouco tempo. Então direi: desde que comecei a entender que “B” com “A” faz BA  e que, se juntarmos mais algumas letrinhas com carinho e dedicação, podemos levar tanta coisa boa a tantos amigos.

Até que um dia apareceu uma Fada Madrinha chamada Luciana Fernandes e me disse sem rodeios: VAMOS DAR UM JEITO NISSO.

Simples assim.

E olha o jeito aí…

Ainda não é o jeito todo, mas vários primeiros passos já foram dados no sentido da realização desse sonho, que a Fada Madrinha cuidou com carinho como se dela fosse.

Ontem, 31/03/11, protocolamos este sonho na Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, pleiteando patrocínio da Lei Rubem Braga para que os “Bs” e “As” que vimos juntando ao longo do tempo possam tomar corpo em tinta e papel (reciclado, naturalmente), e cor e capa e dedicatória e uma felicidade imensa.

A sorte está lançada.

A todos os amigos, perto ou distantes, que me acompanham nessa caminhada, um abraço fraterno, recheado de meu carinho e de minha mais profunda gratidão.

É meu coração que coloco em suas mãos neste momento. E cada um de vocês é dono de um pedacinho dele. Espalhem-no por aí: comentem, linquem, postem, critiquem. A hora é de fazer barulho. COMPARTILHAR.

Entrego nas mãos de Deus este sonho que não é mais só meu. Que seja feita a Sua vontade.

A bênção, minha mãe!

A bênção, meu pai!

A bênção, Rubem!  

PAZ A TODOS!!!

Você tem um sonho?!

Eu tenho muitos.

E estamos apenas começando…


P.S. – A árvore já foi, os filhos aí estão, o livro está no prelo (sempre quis dizer isso). Falta alguma coisa?!

Faltou alguma coisa?!

Claro… os AMIGOS!!!

Mas estes os tenho em quantidade. E, melhor: QUALIDADE!!!