domingo, 29 de maio de 2011

O BOM PARTIDO

Conheceram-se num desses sites de relacionamento que todo mundo critica, mas tem perfil (o orkut começou assim, lembra?!), entabularam uma conversa acanhada, inicialmente, mas presto passando a animadinha, o que era sinal de que começavam, e em tempo recorde, a descobrir que tinham milhares de pontos e interesses em comum...

Foi quando ele descobriu, através (o correto, aqui, seria usar "pelo") do cruzamento de informações em outro site de relacionamento que todo mundo tem e ainda fala bem, que se tratava da irmã caçula de um amigo em quase todas as redes sociais (site de relacionamento está demodé, né?! demodé também está demodé...). Ou seja, era praticamente alguém muito próxima e sentiu a necessidade de comunicar ao amigo que estava se aproximando ainda mais, e, se tudo corresse conforme o planejado, bem mais, de sua irmã.

De forma meio acanhada, a princípio. Não eram tão amigos assim, a ponto de se confidenciarem, mas seria uma traição não fazê-lo. Mas com o tempo quebrou-se o gelo e a conversa chegou finalmente aos finalmentes.

O irmão, devidamente inteirado das intenções do amigo para com a sua irmã, suspirou aliviado, e os mais observadores poderiam até alegar haver notado um brilho diferente em seus olhos, o que sugeriria que marejavam, mas pode ser que não, então melhor ficar quieto, mas o suspiro foi em alto e bom som ouvido por todos. Olharam-se, então de frente, e apertaram-se as mãos com a firmeza da confiança mútua.

O irmão ainda fez questão de reiterar, em alta voz, para reverberassem mais uma vez pela atmosfera as suas palavras finais sobre aquele assunto:

- Não sendo pra casar...

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