domingo, 29 de maio de 2011

O BOM PARTIDO

Conheceram-se num desses sites de relacionamento que todo mundo critica, mas tem perfil (o orkut começou assim, lembra?!), entabularam uma conversa acanhada, inicialmente, mas presto passando a animadinha, o que era sinal de que começavam, e em tempo recorde, a descobrir que tinham milhares de pontos e interesses em comum...

Foi quando ele descobriu, através (o correto, aqui, seria usar "pelo") do cruzamento de informações em outro site de relacionamento que todo mundo tem e ainda fala bem, que se tratava da irmã caçula de um amigo em quase todas as redes sociais (site de relacionamento está demodé, né?! demodé também está demodé...). Ou seja, era praticamente alguém muito próxima e sentiu a necessidade de comunicar ao amigo que estava se aproximando ainda mais, e, se tudo corresse conforme o planejado, bem mais, de sua irmã.

De forma meio acanhada, a princípio. Não eram tão amigos assim, a ponto de se confidenciarem, mas seria uma traição não fazê-lo. Mas com o tempo quebrou-se o gelo e a conversa chegou finalmente aos finalmentes.

O irmão, devidamente inteirado das intenções do amigo para com a sua irmã, suspirou aliviado, e os mais observadores poderiam até alegar haver notado um brilho diferente em seus olhos, o que sugeriria que marejavam, mas pode ser que não, então melhor ficar quieto, mas o suspiro foi em alto e bom som ouvido por todos. Olharam-se, então de frente, e apertaram-se as mãos com a firmeza da confiança mútua.

O irmão ainda fez questão de reiterar, em alta voz, para reverberassem mais uma vez pela atmosfera as suas palavras finais sobre aquele assunto:

- Não sendo pra casar...

domingo, 8 de maio de 2011


FILOSOFIA DE “butiquim” – RICARDO LEMOS
NA SEMELHANÇA
Pouquíssimas idéias encontram tanto consenso no Brasil quanto a retratada na frase: “futebol, política e religião não se discutem”.

De política me abstenho de comentar. Talvez, caso um dia venha a entender a máxima de Aristóteles, que afirmou ser o homem um animal social e político, o assunto deixe de me provocar tantos engulhos. O fato é que o que se vê até o momento é que alguns de nossos políticos já começaram a absorver a idéia : já consigo identificar, na maioria deles, muito do animal. Espero que continuem evoluindo, para que possam passar a cuidar do social e do político (no bom sentido). Talvez quando desmamem…

Quanto ao futebol, já vi torcedor com traços esquizofrênicos, creditando todas as derrotas de seu time a conspiratórias teorias de “roubos” na arbitragem ou misteriosas rajadas de vento no estádio. Vi bons perdedores e maus ganhadores. E vice versa. Mas jamais presenciei sugestões de alteração no formato da coisa, tipo:

- Eu acho, mesmo, é que deveriam ser 15 jogadores de cada lado e 3 bolas em campo. E tenho dito.

Ou, ainda:

- Tudo bem que se contem os gols, mas eu acho, mesmo, é que deviam dar a vitória para o time que apresentasse os jogadores com os penteados mais originais.

Na essência da coisa ninguém mexe: aquele povo está lá, correndo de um lado pra outro, é pra marcar gols. Com arte ou sem arte, é o que dá a vitória. E pronto. Não se discute!!!

E na religião?! Onde está a essência?! No dia da semana em que se elevam preces aos Céus, na quantidade de orações que se entoam, na cor da vestimenta ou nas palavras ininteligíveis?!

Vejamos o que diria Jesus Cristo (este que é praticamente uma unanimidade no mundo atual; mesmo entre os não cristãos. No Islamismo, por exemplo, que é a religião com maior número de adeptos no planeta, Jesus ocupa posição de profeta maior, acima, até mesmo, pasmem, de Maomé. E Gandhi, hinduísta praticante, certa feita respondeu a um repórter que admirava profundamente a figura do Cristo, lamentando apenas jamais haver encontrado entre os ditos cristãos alguém que lhe seguisse os ensinamentos):

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”

É golaço, com direito a drible, chapéu e pedalada. Difícil encontrar quem não concorde com tais palavras, mesmo entre os que professam fé nenhuma, mas que acreditam na necessidade de se viver a ética e a honestidade como forma de se construir um mundo mais digno de ser chamado lar.

A meta é clara, está estabelecida desde sempre e discutir sobre qualquer outro aspecto do assunto é ficar batendo bola no meio de campo, sem que, com isso, se produzam quaisquer resultados. Parece coisa de cartola.

E, caso pesem dúvidas sobre a que livro recorrer para determinar quem é o próximo, nessa história toda, uma vez que nem todos oramos pelos mesmos manuais, embora concordemos na essência, vejamos o que reza a nossa Carta Magna:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (…)”.

Deixemos de lado, portanto, as diferenças. A razão chama ao entrosamento. E bola pra frente, que quem não faz, leva.

E o árbitro pode apitar o final da partida a qualquer momento.

Ricardo Lemos é pai, filho, geminiano, escritor, um filho de Deus, como você. Atualmente publicando nos blogs Arroubos Literários, Olho Mágico 365 e TAMTA – incubadora de idéias. 

FILOSOFIA DE BUTIQUIM - NA SEMELHANÇA


FILOSOFIA DE “butiquim” – RICARDO LEMOS
NA SEMELHANÇA
Pouquíssimas idéias encontram tanto consenso no Brasil quanto a retratada na frase: “futebol, política e religião não se discutem”.

De política me abstenho de comentar. Talvez, caso um dia venha a entender a máxima de Aristóteles, que afirmou ser o homem um animal social e político, o assunto deixe de me provocar tantos engulhos. O fato é que o que se vê até o momento é que alguns de nossos políticos já começaram a absorver a idéia : já consigo identificar, na maioria deles, muito do animal. Espero que continuem evoluindo, para que possam passar a cuidar do social e do político (no bom sentido). Talvez quando desmamem…

Quanto ao futebol, já vi torcedor com traços esquizofrênicos, creditando todas as derrotas de seu time a conspiratórias teorias de “roubos” na arbitragem ou misteriosas rajadas de vento no estádio. Vi bons perdedores e maus ganhadores. E vice versa. Mas jamais presenciei sugestões de alteração no formato da coisa, tipo:

- Eu acho, mesmo, é que deveriam ser 15 jogadores de cada lado e 3 bolas em campo. E tenho dito.

Ou, ainda:

- Tudo bem que se contem os gols, mas eu acho, mesmo, é que deviam dar a vitória para o time que apresentasse os jogadores com os penteados mais originais.

Na essência da coisa ninguém mexe: aquele povo está lá, correndo de um lado pra outro, é pra marcar gols. Com arte ou sem arte, é o que dá a vitória. E pronto. Não se discute!!!

E na religião?! Onde está a essência?! No dia da semana em que se elevam preces aos Céus, na quantidade de orações que se entoam, na cor da vestimenta ou nas palavras ininteligíveis?!

Vejamos o que diria Jesus Cristo (este que é praticamente uma unanimidade no mundo atual; mesmo entre os não cristãos. No Islamismo, por exemplo, que é a religião com maior número de adeptos no planeta, Jesus ocupa posição de profeta maior, acima, até mesmo, pasmem, de Maomé. E Gandhi, hinduísta praticante, certa feita respondeu a um repórter que admirava profundamente a figura do Cristo, lamentando apenas jamais haver encontrado entre os ditos cristãos alguém que lhe seguisse os ensinamentos):

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”

É golaço, com direito a drible, chapéu e pedalada. Difícil encontrar quem não concorde com tais palavras, mesmo entre os que professam fé nenhuma, mas que acreditam na necessidade de se viver a ética e a honestidade como forma de se construir um mundo mais digno de ser chamado lar.

A meta é clara, está estabelecida desde sempre e discutir sobre qualquer outro aspecto do assunto é ficar batendo bola no meio de campo, sem que, com isso, se produzam quaisquer resultados. Parece coisa de cartola.

E, caso pesem dúvidas sobre a que livro recorrer para determinar quem é o próximo, nessa história toda, uma vez que nem todos oramos pelos mesmos manuais, embora concordemos na essência, vejamos o que reza a nossa Carta Magna:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (…)”.

Deixemos de lado, portanto, as diferenças. A razão chama ao entrosamento. E bola pra frente, que quem não faz, leva.

E o árbitro pode apitar o final da partida a qualquer momento.

Ricardo Lemos é pai, filho, geminiano, escritor, um filho de Deus, como você. Atualmente publicando nos blogs Arroubos Literários, Olho Mágico 365 e TAMTA – incubadora de idéias.