domingo, 25 de maio de 2014

NADA ESTRANHO NO NINHO


Ciente de que seus mui amados colonos 
careciam de proteínas em sua dieta, 
partiu a gentil CAPATAZA, 
conhecida por ser muito CAPAZA, 
batendo de casa em casa, 
em busca de solução.

Não tardou a achar leal vassalo
De poucos luizes
E muitos galINÁCIOS

Os dias penosos de busca lá se vão
Achadas que estão as penosas
Pra todo problema há de haver solução

- Nobre granjeiro - diz a dignitária diligente
Eis que nos assola perigo premente
Pra soluções velhas, problemas novos
Nosso povo carece de ovos
E de ti desejo comprá-los
Não um, nem dez
Mas toda a sua produção.

- Não me permita a capataza desapontá-los
Muita me honraria
Receber tal comissão 
Embora o que eu crie 
Sejam galos...

- Ora, deixe de caçar intriga
Que a nossa capatazia
É contra qualquer espécie de discriminação:
Tem homem lavando louça
E mulher dirigindo caminhão
Trate, portanto, de tomar tento
Sem fazer papel de moleque:
Toma lá teu cheque
Dá cá os meus vinte por cento

NOTA AUTOCRÍTICA - é possível que o leitor com o excesso de utilização da palavra "solução". Licença poética, por favor, que no Brasil a coisa tá do mesmo jeito: difícil tá encontrar problema...

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