sábado, 26 de novembro de 2011



A SUA PARTE

Primeiramente cabe-me pedir licença ao caro leitor da minha querida amiga Luciana Fernandes para invadir esse espaço (com a anuência da mesma, naturalmente). E tranquiliza-lo quanto à mudança: trata-se de uma troca temporária de publicação, para dar uma “remexida”, uma arejada nas ideias. Luciana aparece, excepcionalmente esta semana, na edição do próximo domingo, anote aí. E na semana que vem volta tudo ao normal.

Há algum tempo venho batendo na tecla do poder de mobilização e transformação da internet em nossas vidas. Não é um modismo passageiro, não se trata mais de uma simples brincadeira de jovens desocupados, como muitos ainda a veem: trata-se de uma realidade que veio para ficar, avança vorazmente sobre absolutamente TODOS os campos do conhecimento humano e numa velocidade inimaginável para a maioria. E encontra-se cada vez mais disponível, em todas as faixas etárias e sociais.

Não demora muito e o cinema catástrofe deixará de lado os vilões verdes e gosmentos, vindos de outros planetas ou de alguma mutação genética derivada de nossa própria imprevidência, e passará a produzir filmes com vilões virtuais, insignificantes combinações de bits e bytes, zeros e uns, que sequer existem fisicamente: os vírus. E não ficaria difícil imaginar uma história sombria em que o novo fim do mundo (já que esse povo adora falar disso) começaria com uma pane geral na grande rede em nível mundial. É bem possível que esse filme até já exista e esteja em cartaz. Ou já seja notícia velha. Caso contrário, fica a ideia.

Por outro lado, e deixando de lado a catástrofe, a quantidade de boas notícias (que geral e infelizmente não encontram espaço com generosidade na grande mídia), grandes iniciativas e projetos para benefício do bicho Homem, bem como pequenas e isoladas ações bem sucedidas, é igualmente avassaladora.

A notícia, esta semana , de que a divulgação via facebook foi fundamental para que a família encontrasse um rapaz vítima de sequestro em São Paulo, de certa forma, é emblemática e um bom ponto de partida. Diariamente somos assolados pelos chamados “spams”, mensagens em massa, enviadas indiscriminadamente pela rede, seja por e-mail ou redes sociais; todos já recebemos mensagens solicitando ajuda para encontrar pessoas desaparecidas, sequestradas.

No caso de Renan Fogaça Alípio, tratava-se de um apelo real, de um caso que realmente estava acontecendo e que, felizmente, teve um desfecho favorável, no tocante ao encontro da vítima. Ou seja, era verdade. Mas diante de tantas notícias falsas que nos chegam a todo instante, como discernir entre situações verdadeiras e simples spams maliciosos que objetivam tão-somente congestionar a rede (sim, existe gente com tempo e disposição para isso, pelo simples prazer de atravancar a vida alheia)?!

Admito que seja uma tarefa quase impossível, diante do volume de informações. Mas um pouco de bom senso pode ajudar, como em TODAS as situações da vida. Verificar a confiabilidade do remetente, checar a veracidade da informação, inteirar-se das datas e locais onde se alega haver ocorrido o fato são alguns parâmetros simples, que podem fazer a diferença entre ajudar a salvar uma vida e colaborar com hackers e baderneiros virtuais.

Uma comparação simples, que pode ser de grande ajuda: se fosse o caso de pegar o telefone e avisar os amigos, investindo tempo e dinheiro nisso, quantas dessas mensagens você passaria adiante?

Ajudar a divulgar situações reais é importante e funciona. Mas combatendo os “trotes”, com um pouco de atenção e cuidado, você também estará fazendo a sua parte.

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