sábado, 3 de dezembro de 2011

MARELIM CAGÃO















Tava eu de prosa no passeio, com o vizinho mais o moleque dele.
Manhã de sábado de movimento pouco. Ou, como diz o outro, "um movimento parado"... (não confundir com o ZÔTO, que é outra coisa completamente diferente. O ZÔTO é aquele que fala mal de você, de preferência mentiras cabeludas; "o outro" é aquele cara que fala largadão, desleixado e cheio de jargões. Morremos de vontade de ser igual a ele, mas falta-nos a coragem. Só pode ser por isso que o citamos tanto.)
Ele cruzou a rua com cara de mau...
Ou de fome...
Chamei, ele veio. Meio desconfiado...
Carinho quis...
Comida, então, nem se fala...
Aí chegou aquela cliente de ontem, cujo cartão não passara, por inépcia deste que vos fala, comprou o dobro do que teria comprado ontem, pagou em dinheiro (embora devidamente informada de que eu já "consertara" a máquina).
À saída, assuntou com o vizinho (eram já conhecidos) sobre o magrelinho de orelha em pé e rabo inquieto, girando excêntrica e freneticamente, que o bicho estava feliz e é sempre um gancho pra puxar assunto.
Breve relato sobre o ocorrido, sabe como é homem contando história, e ela me passa a mão no cãozito e o enfia no carro, meio entre hesitar e querer muito.
- Vou levar...
A menina, no banco da frente, não queria de jeito nenhum. Mas o menino, o dela, bom explicar porque o do vizinho ainda está na cena, curvou-se cheio de zelo e carinho sobre o pequerrucho, acariciando-lhe a cabecinha, recebendo em troca aquela cauda de helicóptero e aquele olhar mais pidão do mundo. Eram amigos de infância desde sempre. Em vão os protestos da menina.
E foi-se o "marelim" embora pro seu novo lar, com seu novo amigo...
CAGÃO de sortudo, claro... como diz o outro...
E eu espero que só por isso, senão coitada da moça...
Tá aí: uma história com começo feliz...
E REAL...

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