quinta-feira, 12 de abril de 2012

COM PAIXÃO - FILOSOFIA DE BUTIQUIM - JORNAL AQUI - 06/ABR/2012


COM PAIXÃO

“Os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca dos saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs-lhe esta questão: - “Mestre, qual o mandamento maior da lei?” - Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” – Jesus Cristo (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)”

O Cristo do meu livro foi claro ao estabelecer o Amor como regra fundamental, hierarquicamente superior a todas as demais, sejam elas de origem divina ou humana, travestidas de divinas, por quaisquer que sejam os motivos.

O Cristo do meu livro nasceu e viveu entre um povo dominado, massacrado, vilipendiado e, ainda assim, crivado de cristalizações e preconceitos. E privou do convívio de coletores de impostos, prostitutas e samaritanos: “gente de má vida”, como costumavam chamá-los os judeus de então. Conceito com o qual Ele, o Cristo, não parecia concordar.

Ao estabelecer 3 níveis de AMOR (a Deus, ao próximo e a si mesmo), em sua Didática perfeita, baseada no EXEMPLO acima de quaisquer palavras, oferece à Humanidade um caminho possível, praticamente uma gradação necessária que, quando trilhada de maneira inteligente, racional e emocionalmente, necessariamente levará a bons resultados.

1-    AMAR A SI MESMO pode significar cuidar da própria vida, por exemplo, se levarmos em consideração o “não julgueis para não serdes julgado”. Mas, acima de tudo, para os que detêm uma religião, viver de acordo com os seus preceitos. E, como não é possível ofertar a outrem do que não se possui, sem o amor a si mesmo fica muito difícil avançar para a próxima etapa do caminho:

2-    AMAR O PRÓXIMO é a ponte que nos conduz a Deus. Não vemos Deus, senão em sua Obra. E ainda é crível e aceitável ser o Homem, com todas as suas complexidades e vicissitudes, o ápice da Criação Divina. Para o Cristo parecia não haver “distante”; todos eram PRÓXIMOS.

Os dois trechos acima são perfeitamente plausíveis e aceitáveis para qualquer ser humano ligeiramente esclarecido. Uma proposta lógica e coerente, que prega, acima de todas as coisas, a convivência pacífica de todos os PRÓXIMOS (Ele não se referiu aos IGUAIS: “Se somente amardes os que vos amam, que mérito se vos reconhecerá, uma vez que as pessoas de má vida também amam os que os amam?” – S. LUCAS 6:32). Somente a sociopatia (ou interesses espúrios) poderia explicar o desejo de qualquer indivíduo de viver em eterno conflito e beligerância, como forma de perseguição da Felicidade. E, melhor ainda, podem ser vivenciados em sua plenitude até pelos que não creem no amor a Deus como resultado dessa equação.

O Cristo do meu livro passou muito mais tempo vivenciando o que considerava correto do que combatendo o que achava errado.

Por que não imitá-lo?!

FELIZ PÁSCOA!!!
PAZ!!!
...com Deus!!!

Ricardo Lemos é pai, filho, escritor, músico amador, empresário; um filho de Deus, como você. 

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