Isso foi lá pelo fim dos oitenta, início dos noventa, eu com uns dezessete anos, ele com uns quinze.
À época, eu tirava uns trocados, estimulado pela mestra Virgília Faria, então proprietária do FISK, em Cachoeiro, ministrando aulas de Inglês para algumas turmas, nos mais variados níveis. E tinha a honra de ser seu substituto, de vez em quando, e com cada vez mais frequência, sempre que necessário.
Foi quando tive a oportunidade de conhecer muita gente bacana.
Entre elas, Glauber Coelho.
À época, um menino.
Um menino bom…
Sorridente, questionador, interessado, ávido por aprender, humilde, inteligente…
Nas primeiras ocasiões, reclamava quando não era atendido pela Virgília, sua professora titular; mas a comunicação fluiu, a magia do aprendizado aconteceu, e ficou como um desses encontros enriquecedores que a vida nos proporciona, quando não houve mais aulas de Inglês.
Anos depois, fiquei sabendo pela mídia do seu ingresso na política.
A primeira reação foi : “eu conheço esse ‘menino’!” - seguida, de pronto por um: “pra quê vai se meter com política, meu Deus?!”
Um menino tão bom…
E ficou nisso.
Até que, dias atrás, tive a oportunidade de reencontrá-lo:
Eu, na condição de homenageado, ao receber de suas mãos a Comenda Rubem Braga, honraria criada por Glauber e estendida a outros 29 profissionais ligados às Letras e à Cultura de nosso querido Espírito Santo.
A cerimônia ocorreu no dia 05 de julho de 2014.
Tive a oportunidade de lhe presentear com um exemplar de meu primeiro livro : ARROUBOS LITERÁRIOS - CRÔNICAS COTIDIANAS; de lhe dizer que me orgulhava de haver sido, um dia, seu professor; e de lhe agradecer pelo trabalho que vinha realizando com e para a sociedade capixaba.
Ainda não caiu a ficha da Comenda.
Muito menos a da partida precoce de um menino tão bom…
Obrigado, Glauber!
Mais do que nunca, a honraria que me ofertaste, ainda que não me sinta merecedor, adquire o peso da RESPONSABILIDADE.
PAZ!!!
…com Deus!!!
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