terça-feira, 17 de julho de 2012

FOTOPOEMA - DO SOL E DA LUA


De um lado, o Astro-Rei estende um último "até amanhã".
As luzes dos homens saúdam a sua breve despedida.
Anoitece em Marataízes.
No mundo, portanto...


E ei-la que brota da treva densa, para reinar absoluta, plena, por mais uma noite.
Um véu de nuvem a aguarda, solícito. Quiçá uma ama invisível lho segure, fazendo-o dançar por seu caminho, como se ao vento se espalhasse.
O brilho no mar é um arremedo...
Por enquanto, que a noite é longa e a lua é dona.

-X-X-X-

Ora, direis: "história velha a que nos conta
que desde que o mundo é mundo
o sol desce dum lado,
do outro a lua aponta.
e, inda que seja divino,
momento de grande alegria,
é a mesma festa, todo dia."

Dir-lhe-ei, então: "Lamento,
mas discordo e ponho razão!
no baile do firmamento
Não tem "todo dia", não!

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