ROBAR OU ROUBAR?!
Eis a questão...
Tirando o Lula, que continua não sabendo de nada, segue a dúvida, pairando no ar há mais de 500 anos, por esse Brasil afora.
No ar, na água, embaixo do chão, em secretarias, ministérios, batistérios, presbitérios e cemitérios, no talão de multas da guarda municipal, na PM, PC, PF e até na QP, se é que a mesma existe, de fato. Isso tudo deixando de lado o PÊ de partido. Basta-me o coração, constantemente nessa situação, chorando lágrimas de sangue pela corrupção, danação da nação.
Não faltarão filósofos, filólogos, fisiologistas e filatelistas, com rebuscadas justificativas e explicações, tratados, teses e mirabolâncias de todo tipo; na maioria esmagadora dos casos (eu tenho implicância com o termo “grande maioria”, utilizado à exaustão pela “grande maioria” dos jornalistas da televisão; fico imaginando maiorias pequenas; ou grandes minorias... e lá se vai o foco), o esforço está em provar que quem rouba é O OUTRO...
Estrelinha, passarinho, peixinho, solzinho, ursinho... mudam os símbolos, as cores, as bandeiras... o discurso é sempre o mesmo: crescimento, combate à corrupção, competência, seriedade, MORALIZAÇÃO. E as mesmas carinhas que estavam lá, há bem pouco tempo, encarregadas de fazer tudo isso; e muito bem pagas para tal. Isso quando não é o próprio pessoal do governo, que num comercial aparece dizendo que em mais de uma década no poder já realizaram todo tipo de milagres; e dois minutos depois aparece o mesmo pessoal, dizendo que é preciso mudar a política deste país. E sugerindo que tem político ameaçando acabar com o Bolsa Família...
MORALIZAÇÃO em boca de político é mais ou menos como orgasmo de puta: você fica doido pra acreditar que é assim tão dotado, que seu desempenho é mesmo aquela brastemp toda, que finalmente você encontrou alguém que te entende de dá valor na cama; pensa em pedir um desconto, mas acabapagando até um pouco mais que o combinado: “tadinha”, você acaba de lhe dar um trabalhão...
Daí você a deixa na mesma esquina e com trinta segundos ela já está entrando em um outro carrão. Você dá aquela inevitável espiadinha, pra ver quem será o cliente da ocasião: e dá de cara com o Sarney e o seu bigodão.
O bolso ainda dói. O afago no ego acaba de se despedaçar no duro e real chão...
Você engole seco e balbucia, cheio de convicção:
- Deixe estar, que este ano tem ELEIÇÃO...
Em tempo, o CERTO é NÃO ROUBAR...
Você pode não se lembrar do nome de nenhum político, mas com certeza, muitos deles você se lembra de quem são filhos. ( Georges Najjar Jr )
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